sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Bradesco amplia seguros com HSBC e pode deixar a HDI.

Bradesco Saúde

O Bradesco vai ampliar sua participação no mercado de seguros com a aquisição do HSBC e suas seguradoras e pode extinguir o contrato existente com a alemã HDI, firmado em 2005.

Sua fatia no segmento de aproximadamente 24% passará para 26%, após a aprovação dos reguladores responsáveis, de acordo com Marco Antonio Rossi, diretor vice-presidente do Bradesco e presidente da Bradesco Seguros. Até lá, segundo o executivo, nada muda.

"O contrato com a HDI está em vigor e não se altera com a aquisição do HSBC. Quando tivermos possibilidade (aval de reguladores), vamos conversar com a HDI. Não há cláusula de que em uma aquisição o contrato seja extinto", explicou Rossi, acrescentando que existe a possibilidade de o contrato ser extinto embora a questão ainda não tenha sido avaliada.

Em relação a possíveis multas no caso de eventual quebra do contrato com a HDI, do grupo Talanx, o executivo disse que a Bradesco Seguros vai analisar essa questão e ainda a possibilidade de manter o contrato até o vencimento, pesando os prós e contras.

A seguradora alemã desembolsou R$ 300 milhões pelo canal de agências do HSBC, no ano de 2005. O contrato, segundo fontes, termina em 2018.

Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a HDI informou que juntamente com o acordo de venda de seguros com o HSBC há cláusulas de confidencialidade que impedem que a seguradora faça comentários a respeito.

Executivos do mercado, que preferiram falar sob a condição de anonimato, já dão como certo o término do contrato com a alemã.

Receitas

Em prêmios, a compra do HSBC gera um adicional de R$ 2 bilhões à Bradesco Seguros, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de 2014.

Apesar de a cifra parecer pequena para uma companhia que no primeiro semestre emitiu mais de R$ 30 bilhões, somou mais de R$ 196 bilhões em ativos totais e de R$ 22 bilhões em patrimônio líquido, Rossi reforçou que é possível aumentar de forma "significativa" as receitas do HSBC em seguros. Para este ano, a seguradora do Bradesco estima crescer seus prêmios de 12% a 15%.

"Evidentemente, temos uma oportunidade enorme no seguro (com a aquisição do HSBC). Vemos um oceano azul em termos de oportunidade no mundo dos seguros. Temos uma penetração em seguros maior que o HSBC", destacou Rossi.

Há produtos com possibilidade de sinergias entre a Bradesco Seguros e as seguradoras do HSBC, como em seguro de vida, previdência privada e capitalização, conforme o executivo.

A companhia tem penetração de duas a quatro vezes maior em previdência e de duas a cinco vezes superior em vida, segundo ele. Existem também, de acordo com ele, oportunidades ainda não exploradas no balcão do banco adquirido como a venda de seguro saúde e dental e vice e versa.

Em relação aos principais projetos da Bradesco, que incluem a integração dos sistemas em uma única plataforma, que consumirá R$ 500 milhões em investimentos, e a unificação da diretoria comercial, concluída no ano passado, Rossi disse que não estão previstas alterações.

"A plataforma já conta com a utilização de parcerias em um primeiro momento. Isso já está contratado e em andamento. Vamos dar continuidade da mesma forma", comentou o executivo.

De acordo com o presidente da Bradesco Seguros, o HSBC está posicionado, principalmente, em três negócios, vida, previdência e capitalização, que não necessitam de grande estrutura para serem viabilizados. Além disso, as seguradoras do banco não possuem sucursais nem atuam com o canal corretor de seguros, o que facilita. "É uma estrutura mais enxuta dentro da área bancária", destacou ele.

Aquisições

Rossi afirmou que apesar de os esforços estarem direcionados para a chegada das operações do HSBC no Bradesco, o banco segue aberto para avaliar aquisições no setor de seguros.

Com o HSBC, a instituição encostou no Itaú Unibanco em ativos, ficando apenas a cerca de R$ 39 bilhões do seu principal concorrente. "Se ocorrerem oportunidades, o Bradesco está atendo", acrescentando que não há interesse em operações de vida em grupo.

O Itaú está se desfazendo dessa carteira.

Sobre a possibilidade de a Bradesco Seguros passar a representar mais de um terço dos resultados do banco com a aquisição das seguradoras do HSBC, Rossi afirmou que esse não é o objetivo.

O foco, conforme ele, é maximizar as oportunidades existentes e ganhar espaço no mercado, o que deve acontecer entre três e quatro anos. No primeiro semestre, a seguradora respondeu por 29,2% do lucro líquido ajustado do Bradesco que somou R$ 8,778 bilhões.

A Bradesco Seguros espera protocolar nos próximos dias junto à Susep, conforme Rossi, o pedido para avaliar a aquisição das seguradoras do HSBC. Procurada pelo Broadcast, a autarquia confirmou que a companhia ainda não deu entrada na solicitação.

O executivo disse ainda que sua saída da presidência da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), não está associada à compra do HSBC e que até o final de agosto um substituto deve ser sugerido.


Fonte: Exame.com

As empresas que mais se valorizaram na Bolsa de Valores neste ano.

Dinheiro: notas de 50 e 100 reais

Petrobras e a Ambev foram as empresas que mais se valorizaram entre janeiro e junho deste ano. Segundo um levantamento realizado pela consultoria Economatica a pedido de Exame.com, elas ganharam R$ 48 bilhões e R$ 45 bilhões de reais, cada uma.

Fonte: Exame.com

Allianz vê lucro operacional de 2015 no teto da meta

Logo da Allianz próximo ao prédio da companhia em Munique, na Alemanha

A Allianz, maior seguradora da Europa, disse que irá registrar lucro operacional no teto da faixa de sua meta neste ano, conforme baixas indenizações por danos e ganhos com vendas de ativos ajudaram a compensar o reflexo dos fluxos de saída de recursos da gestora Pimco.

A Allianz estimou que alcançará lucro operacional de 10,8 bilhões de euros em 2015, frente à meta anterior de 10,4 bilhões, com mais ou menos 400 milhões dependendo dos acontecimentos nos mercados financeiros e de indenizações.

"Apesar de (itens) negativos não recorrentes, alcançamos um desempenho excelente", disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da Allianz, Oliver Baete, que assumiu o comando da seguradora em maio.

Os resultados trimestrais mostraram que Baete, que planeja completar uma análise da estratégia do grupo até o final do ano, ainda tem muito o que fazer.

O lucro líquido trimestral foi de 2,02 bilhões de euros, ante estimativa média de 1,78 bilhão em pesquisa da Reuters com bancos e corretoras e 1,76 bilhão no mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Exame.com