segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Seguradora pode ser proibida de excluir dano por vandalismo


O deputado Wilson Filho (PTB/PB) apresentou, nesta terça-feira (16/02), projeto de lei que veda às companhias seguradoras estabelecerem, nos contratos de seguros de veículos, cláusula de exclusão de cobertura de danos decorrentes de agressão ou de ato de vandalismo isolado ou de protesto coletivo.

De acordo com a proposta, será considerada “abusiva e nula” a inclusão dessa cláusula nos contratos de seguros.

O parlamentar alega que, embora a principal função do mercado, em relação aos seguros de bens, seja diluir os riscos de seus clientes, essa relação contratual nem sempre é positiva e certa. “As seguradoras inserem nos contratos exclusões, exceções ou circunstâncias que as desobrigam do pagamento das indenizações, mesmo tendo recebido a totalidade dos prêmios contratados”, critica o deputado.

Segundo ele, uma dessas circunstâncias é a ocorrência de sinistros decorrentes de atos de vandalismo, sejam eles isolados ou perpetrados no decurso de protestos públicos ou movimentos sociais. “Tais exclusões não se justificam, uma vez que o mercado de seguros é abrangente e robusto e, embora tais eventos gerem imagens chocantes de depredação e destruição, são, no seu conjunto, insignificantes para desequilibrar patrimonialmente as seguradoras”, observa Wilson Filho.

Ele ressalta ainda que o setor está estruturalmente mais bem preparado para absorver demandas gravosas, em primeiro lugar, porque é de sua natureza lidar com riscos e, em segundo lugar, por dispor de mecanismos de diluição dos riscos, como o cosseguro, o resseguro e a retrocessão. “O segurado individualmente sofre maior dano em seu patrimônio que o grupo de seguradoras responsáveis pelos veículos depredados ou destruídos numa manifestação violenta”, comenta.

Para ele, a recuperação do bem ou sua reposição pelo cidadão gerará maior impacto sobre o orçamento familiar que o conjunto dos sinistros ao mercado de seguros.

Diante disso, o deputado não vê justificativa para que a legislação brasileira seja silente a esse respeito e admita a desobrigação das seguradoras e vulnerabilidade dos privados, nos casos de vandalismo e movimentos sociais violentos.

Se for aprovada, essa lei entrará em vigor 30 dias após a sua publicação oficial.

Fonte: CQCS

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Seguros de crédito não vão cobrir perdas no Novo Banco


Painel de advogados negou intenções dos credores do ‘banco bom’ do antigo BES. Decisão segue exemplo das deliberações anteriores.

Extinguiu-se mais uma luz de esperança para os credores institucionais do Novo Banco. A decisão do Banco de Portugal de capitalizar o banco público recorrendo à transferência de quase dois mil milhões de euros de dívida para o atual 'banco mau' não foi considerada um 'evento de crédito', e por isso, os seguros de crédito não poderão ser acionados.

Gigantes como a Blackrock e a Pimco tinham assegurado o investimento no antigo Banco Espírito Santo através de contratos que cobririam as perdas, mas a decisão negativa dos três advogados que realizaram a auditoria externa não permite a liquidação dos seguros. A decisão é definitiva, o que implica uma impossibilidade de recorrer a este método para compensar as perdas multimilionárias.

O pedido de apreciação foi feito pela Associação Internacional de Swaps e Derivados, que já tinha deliberado em janeiro que a transferência de obrigações do Novo Banco não se enquadrava nas regras europeias de 'evento de crédito'. Na altura, a votação tinha acabado com 4 votos a favor e 11 contra; uma vez que são necessários 12 votos do lado vencedor para que a decisão seja validada, a Associação viu-se forçada a pedir uma análise externa, conta a Bloomberg.

Os advogados Adrian Beltrami, Mark Hapgood e Sir Bernard Rix decidiram por unanimidade que a decisão não era favorável aos credores e condenou assim as instituições detentores de dívida do Novo Banco a absorver potencias perdas de quase dois mil milhões de euros.

Fonte: Notícias ao Minuto.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Seguros digitais: como a tecnologia facilita a vida do cliente

Depois de livros, sapatos, roupas, eletroeletrônicos e os mais diversos bens tangíveis, chegou o momento de apólices de seguros serem comercializadas pela Internet. Assim também são as novas ferramentas digitais, disponibilizadas para seguradoras e corretores a fim de melhorar a experiência do cliente após a compra do serviço, que tem atraído investimentos em tecnologias para modernizar este setor.

Este processo vai ao encontro de um novo perfil de clientes, mais digital e exigente, e que ainda precisa ser cativado. Para se ter uma ideia, um levantamento feito pela corretora de seguros online Mongeral Aegon apontou que 90% de suas vendas foram realizadas para novos clientes. Destes, 53% têm entre 18 e 37 anos, o que reflete, além da preocupação com a aquisição desse tipo de produto surgindo cada vez mais cedo, também a chegada de clientes mais conectados e ansiosos por tecnologias que facilitem seu dia a dia através de soluções digitais.

Isto porque, o momento da compra é apenas uma fase, a porta de entrada de uma experiência muito maior. Para o segurado, de nada adianta uma compra sem complicações, se a utilização na prática não segue a mesma lógica. Se adquirir o seguro foi fácil, utilizá-lo também deve ser simples.

E a demanda é urgente para as seguradoras e corretoras de seguros que querem se manter à frente no mercado. Uma recente pesquisa desenvolvida pelo SAS com 17 seguradoras brasileiras apontou que o principal desafio em implantar um sistema mais moderno antifraude, por exemplo, está na falta de recursos (Financeiros ou de TI). Um grave entrave para o mercado de seguros, já que a infraestrutura de qualquer companhia precisa ser sólida e segura o suficiente para servir como base de integração para seus sistemas, garantindo conectividade e qualidade na interpretação das informações e dados armazenados.

Além disso, trazer ao alcance dos segurados novas soluções mobile, já tão presentes no cotidiano dessa geração digital, é o caminho para fidelizar clientes e tornar mais prática sua jornada com a seguradora. Já existem, por exemplo, corretores e segurados que tratam de todos os assuntos referentes à franquia virtualmente. E não para por aí: processos como a vistoria e o aviso de sinistro, por exemplo, já podem ser feitos com apenas alguns cliques, na palma da mão.

Soluções como estas colocam o mercado de seguros na era digital. Em uma época em que fazemos tudo pelo smartphone, a união entre especialistas do mercado de seguros e tecnologia é fundamental para trazer aplicações que descomplicam cada vez mais o dia-a-dia das pessoas.

Revista Ápolice

VIAJE COM SEGURANÇA PARA CURTIR A FOLIA


Antes de pegar estrada, o motorista precisa checar as condições do veículo para evitar riscos ou inconvenientes, planejar os detalhes do roteiro da viagem e se preparar bem para dirigir. O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) faz algumas recomendações , como a revisão dos itens de segurança em uma oficina que tenha o Selo de Qualidade IQA.

Uma das orientações é verificar as condições dos pneus, que devem estar dentro do limite de desgaste mínimo. Todos os pneus possuem um indicador, chamado TWI. “É preciso verificar também a pressão dos pneus conforme a indicação do fabricante, que geralmente está em etiqueta fixada na região das portas ou da tampa de combustível. Deve-se sempre observar pressão para veículo carregado ou descarregado”, recomenda Sérgio Fabiano, engenheiro e gerente de Serviços Automotivos do IQA.

Fazer o alinhamento da direção e o balanceamento das rodas é outro item importante. “Assim evitam-se desgastes excessivos e, até mesmo, problemas de dirigibilidade, que podem provocar acidentes”, explica Sérgio Fabiano. Recomenda-se também verificar os níveis dos fluídos de motor, freio e direção, entre outros. Para evitar leituras erradas, deve-se medir o nível do óleo do motor em local plano e com o veículo frio.

Outra recomendação é checar se o sistema de freios está com as pastilhas e lonas em condições ideais, sem vazamentos. “Este item é muito importante em viagens longas e estradas com serras, onde o sistema será muito mais exigido e ficará critico se houver falhas”, afirma Sérgio Fabiano.

É fundamental ainda verificar se a bateria está em boas condições, se todas as lâmpadas dos faróis e das lanternas estão em funcionamento e se as palhetas dos limpadores estão em condições de uso.

Checar se o painel do veículo está com alguma luz indicativa acesa enquanto dirige, o que significa que há algum problema no veículo.

Planejamento

Além dos cuidados com o carro, é preciso planejar quais as estradas o motorista utilizará. Hoje é possível saber, por meio do celular que possua mapas da região, preferencialmente um que possa ser usado off-line. Fundamental ainda é estudar pontos de parada em viagens longas. A cada três horas, descansar de 15 a 20 minutos.

Outra dica é quanto à preparação do motorista, que deve estar livre de estresse de sites, se existem obras ou obstruções nas vias. Outro ponto importante é levar um equipamento de GPS ou baixar um aplicativo para evitar distrações e incômodos durante o trajeto. O IQA recomenda uma boa noite de sono no dia anterior, para não começar a viagem com sonolência e cansaço, estados que levam à distração. “Quando o motorista está dirigindo a 100 km/h e se distrai por um segundo, o veículo anda 28 metros. Se for preciso frear de emergência, o espaço poderá não ser suficiente”, alerta o engenheiro.

Objetos soltos

Aconselha-se também a não dirigir o veículo com objetos soltos para evitar que se desloquem no caso de frenagens de emergência e machuquem os ocupantes. Em veículos com airbag, deve-se ainda manter a distância recomendada do volante e do painel. “A regulagem correta do banco influencia diretamente na eficiência deste sistema”, explica o engenheiro do IQA.

DOL

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Turismo aprova seguro-saúde obrigatório para estrangeiro ingressar no Brasil


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A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5542/13, do deputado Mandetta (DEM-MS), que obriga turistas estrangeiros a contratar seguro-saúde para ingressarem no Brasil.

O relator, deputado Rafael Motta (PSB-RN), recomendou a aprovação da proposta com uma emenda. Essa modificação determina que o seguro deve ter cobertura mínima de R$ 90 mil – piso suscetível a reajustes pelo órgão federal de controle e fiscalização dos mercados de seguro no País.

O texto original não fixava o valor mínimo do seguro e dizia apenas que a quantia deveria ser definida pelo governo após a entrada em vigor da nova regra.

SUS O relator lembrou que outros países, como os Estados Unidos e os da União Europeia, exigem esse tipo de seguro de estrangeiros. Ele acrescentou que, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) já não consegue atender à população local.

“Levando em conta a situação fiscal do País, não faz o menor sentido oferecer atendimento público e gratuito àqueles que aqui não residem e, com isso, não recolhem impostos sobre a sua renda para arcar com o SUS”, argumentou. “Esses visitantes acabam por competir com a nossa população pelos escassos recursos do sistema colocados à disposição”, acrescentou.

Tramitação O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Fonte: Agência Câmara.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Após 4 furtos em 4 anos, homem amarra carro em árvore no RS

Valdemir Barcellos resolveu usar um cabo de aço para dificultar novo furto. Por serem antigos, os veículos não têm seguro nem peças para reposição.

Cansado de ter carros levados por criminosos em Porto Alegre, Valdemir Barcellos, de 62 anos, decidiu inovar. Nos últimos quatro anos, ele foi assaltado quatro vezes e teve três veículos roubados por bandidos. Um deles foi recuperado e roubado novamente. Agora, ele amarra seu automóvel a uma árvore quando chega para trabalhar. Tudo para dificultar a vida dos ladrões.

Estacionado na Rua Bogotá, no bairro Jardim Lindóia, Zona Norte da capital, está o seu Fiat Elba. Segundo ele, as operadoras de seguro não emitem apólice sobre o bem devido ao ano de fabricação: 1994. No último mês de dezembro, enquanto Valdemir trabalhava realizando serviços gerais em uma casa, teve um Fiat Uno roubado. Além do veículo, os ladrões levaram também algumas de suas ferramentas de trabalho.

“Paguei R$ 9,5 mil no Uno. De ferramenta e materiais que tinham dentro dele, mais R$ 2,5 mil. Nada recuperado. Total de prejuízo, uns R$ 12 mil”, calcula. “Nos últimos quatro anos, tive quatro carros roubados. Essa Elba uma vez, o Uno duas vezes e a outra Elba, que eu tinha antes dessa, também” enumera. “Tu vem trabalhar, ganha R$ 100 por dia e tem um prejuízo de R$ 12 mil, é brabo”, lamenta Valdemir, que não tinha seguro em nenhum dos carros furtados.

Farto de acumular prejuízos, decidiu garantir a segurança do seu veículo de uma maneira inusitada. Passou a amarrar um cabo de aço a uma árvore e acorrentá-lo na bola de reboque do carro, com corrente e cadeado. “É aquela coisa né, gato que toma banho de água quente tem medo até de água fria”, diz.

“Desde então, amarro assim. A solução é essa: amarrar na árvore para ver se não levam. Mas, se eles quiserem levar, eles vêm aqui, cortam e levam embora igual. Mas dificulta”, conta. “Se ligar o motor e tentar sair, ela não arranca. Pode tentar, que não arranca. E a árvore nem se mexe”, assegura.

Carro amarrado em árvore chama atenção de quem passa por rua O esquema de segurança chama a atenção de quem passa pela Rua Bogotá, onde atende um cliente há 20 anos. Valdemir conta que as pessoas param, tiram foto e filmam. “O pessoal acha graça, mas não tem graça a desgraça dos outros. Isso é uma vergonha para a nossa cidade, a pessoa ser proprietária de um veículo e amarrar numa árvore para poder ter segurança”, reclama.

Valdemir trabalha com serviços gerais. Realiza construção, manutenção, hidráulica, elétrica e pintura de casas há 37 anos. Sobre o sentimento de chegar e não encontrar o carro após um dia de trabalho, ele é taxativo. “É a mesma coisa que perder um parente. O chão sai de baixo dos teus pés.”

Ele conta que o Fiat Uno, levado em dezembro já pela segunda vez, havia sido totalmente recuperado após o primeiro roubo. Dessa vez, no entanto, não sobrou nada. Motor, forração, pneus, tudo foi roubado. Além do material de trabalho, que conta com serras elétrica e de mármore, furadeira, marretas, talhadeiras, martelos, serrote, extensão de luz, transformador e esmilhadeira.

O carro foi reencontrado e está retido em um pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). “Não me entregam porque é só sucata. Mesmo que liberassem, não compensa. Nem eu quero mais. O valor pra colocar tudo de novo é muito alto”, afirma. Valdemir calcula o prejuízo dos últimos anos em R$ 20 mil, entre automóveis e materiais.

Motorista lamenta ter que amarrar carro Valdemir tem um outro carro mais novo, fabricado em 2005, que possui seguro. Sobre os furtos recentes, ele diz que é difícil recuperar o que perdeu pois não existem mais as peças em lojas por se tratar de veículos antigos. Para encontrar, somente em desmanches ou ferros-velhos. Lugares que ele não frequenta, para não estimular casos como os seus.

“Em ferro-velho eu não vou. Porque se eu for, vou cooperar com quem está desmanchando. Aí, alguém vai ficar sem porque não tem no mercado. Então, eu não faço isso”, afirma. “Não faça isso porque você está ajudando os outros a roubar. Se roubam é porque tem quem compra”, adverte.

Apesar da atitude inusitada para não ser roubado novamente, ele relata não ter orgulho da situação. “Maior vergonha é o pessoal passar aí e ver um carro amarrado em uma árvore que nem um bicho. Eles acham graça, mas não tem nada engraçado”, finaliza.

Fonte: G1.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Seguros de pessoas e planos de saúde podem reduzir custos com gestão de riscos

Com muitos riscos em comum, seguradoras do segmento de riscos pessoais e operadoras de planos de planos de saúde podem adotar ferramentas de gestão de riscos para reduzir perdas e tratar os riscos que possam causar danos, garantido o equilibro técnico e atuarial e, consequentemente, o preço justo.

Um ponto em comum entre seguradoras que operam com seguro de pessoas e as operadoras de planos de saúde é a necessidade de conhecer e controlar os riscos de sua carteira como meio de garantir a manutenção e a sustentabilidade. Ambos os segmentos lidam com pessoas e são afetados diretamente pelo estilo de vida, condições de saúde, atividade profissional e longevidade dos proponentes/usuários. Tanto os seguros pessoais, como os planos de saúde, sofrem, ainda, os impactos do aumento de custos em virtude do cenário econômico, do arcabouço legal e regulatório e da judicialização, entre outros fatores.

A gestão de riscos

Diante de tantos riscos, a adoção de ferramentas de gerenciamento é indicada para evitar o desequilíbrio técnico atuarial, a partir da redução de perdas e do controle de riscos que possam causar danos. Para definir o processo de gestão de riscos, o atuário Dilmo B. Moreira, presidente do CVG-SP, recorre a George Head, autor de uma série de artigos sobre o tema, publicados pela RIMS, em 1977. Segundo Head, “gestão de riscos é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos, ao mínimo custo possível”.

Na base da gestão de riscos, segundo Dilmo B. Moreira, está o programa de prevenção de perdas (que reduz a frequência e a severidade dos riscos tratáveis) e o financiamento dos riscos remanescentes (que pode resultar na retenção ou na transferência para seguradoras). No entanto, ele ressalva que seguradoras não são obrigadas a aceitar todo e qualquer risco ou capital segurado. “Observada a característica da atividade exercida pelos proponentes, seguradoras podem aceitar com restrições ou mesmo recusar seguros, em função de sua avaliação dos riscos envolvidos”, diz.

Função da gestão de risco

Já no âmbito dos planos de saúde, o “Guia de Gestão de Riscos em Planos de Saúde de Autogestão”, publicado pela Abrapp, ensina que uma das funções da gestão de risco é possibilitar a redução ou eliminação de crises, por meio da identificação antecipada dos riscos e implementação de uma estratégia prévia da ocorrência de situações adversas. Com isso, se evita o consumo intenso de recursos para a solução de problemas, se estes surgirem inesperadamente. “Riscos, quando não gerenciados adequadamente, ameaçam o atingimento dos objetivos, o cumprimento dos prazos, o controle dos custos e da qualidade do serviço do plano de saúde autogestão”, define a publicação.

Andrea Mente, actuarial manager da Assistants Consultoria Atuarial, destaca que o mau gerenciamento de riscos traz atritos entre a empresa e as operadoras de saúde, sobretudo na questão dos descontos na fatura. Ela destaca que se o risco não for bem equilibrado poderá causar impactos deficitários definitivos na apólice, ocasionando reajustes maiores do que o desconto obtido no passado. Sua orientação é para que se identifique o público alvo, no primeiro passo do processo de gerência de riscos. “Negociar com hospitais, médicos e laboratórios é fundamental para o controle das variações dos custos assistenciais”, diz.

Riscos envolvidos

Da mesma forma, no seguro de pessoas também é preciso identificar o público alvo. “Desconhecer as atividades desenvolvidas pelos seguráveis e de suas características pessoais” está no topo da lista dos possíveis riscos envolvidos no seguro de pessoas, especialmente no ambiente laboral. Dilmo B. Moreira cita ainda o envelhecimento da massa segurada; segurados em má condição de saúde; capitais segurados com valores muito superiores à média do grupo; alta probabilidade de ocorrência de sinistros, em função da idade média atuarial do grupo; apropriação de prêmio pelo estipulante; pagamento de prêmio fora do prazo; redução da margem de ganho em função da elevação dos custos de comercialização, fraude etc.

Além do público alvo, Douglas Trindade, diretor superintendente em seguradora especializada em saúde, aponta que a negociação com prestadores de serviços é parte importante na gestão de riscos de planos de saúde. “Uma contrato adequado visa a sair do lugar comum dos acordos do tipo fee-for-service para novas formas de relacionamento”, registra ele em artigo publicado no site Administradores. Em sua opinião, a precificação adequada, com base em fatores do passado e do futuro, além de estatísticas de frequência de utilização e custo médio dos eventos, resulta no preço justo.

Trindade inclui, ainda, no processo a gestão médica, desde o credenciamento até a análise de contas médico-hospitalares. “Isto faz todo o sentido, já que parte expressiva das despesas de operadoras se refere a custos assistenciais”, diz. Também a gestão comercial é necessária, segundo ele, para se obter o equilíbrio do fluxo de entradas e saídas de beneficiários, bem como a gestão de clientes, por meio da segmentação na forma de contratação. Por fim, ele inclui o combate às fraudes em hospitais, clínicas, junto aos médicos e cirurgiões, fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais etc., com a adoção de pontos de controles.

Tratamento dos riscos

No seguro de pessoas, Dilmo B. Moreira propõe ações para tratamento dos riscos, iniciando pelo uso da proposta de adesão, além da inclusão de carências para a cobertura de morte (por óbito consequente de causas naturais) e para IFPD (invalidez funcional) e ILPD (invalidez profissional ou laboral), em função de demanda eventualmente represada. Ele também aconselha priorizar inclusões de segurados com idade média inferior à da carteira e declinar os que estejam afastados por doença ou, então, aceitá-los com agravamento.

Em relação aos capitais segurados, sua sugestão é que seja estabelecido de acordo com a capacidade de equilíbrio do grupo. “O ideal é limitar as importâncias em risco de forma linear ou escalonada, bem como repassar riscos excedentes ao cosseguro ou resseguro”, diz. Além de definir o limite de idade ou de capital para inclusão de segurados, Dilmo B. Moreira indica a avaliação da sinistralidade para eventuais riscos, a análise do risco de crédito do estipulante e, ainda, a instalação de salvaguardas em programas de regulação e liquidação, ligando o pagamento de prêmios à liberação de sinistros.

Benefícios da gestão de riscos

De acordo com o guia da Abrapp, é importante que a entidade de saúde internalize em sua cultura a gestão de riscos, para que, com a sucessão de ciclos, obtenha melhorias nos processos e redução da exposição aos riscos. “É importante que este processo seja contínuo, pois os riscos são dinâmicos, alterando-se a cada mudança no cenário que cerca a organização ou como resultado das ações internas desenvolvidas para enfrentar riscos já identificados”, destaca a publicação.

Dilmo B. Moreira, por sua vez, reforça que o enfoque dos processos de gerenciamento de riscos deve se pautar pela integração de ações de forma positiva, proativa, abrangente, contínua e com base em valor. “Esta forma de agir previne grandes erros, evita grandes surpresas e restringe as perdas de oportunidades”, conclui.

Fonte: Portal Nacional de Seguros - SEGS

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

DICA MAIS BRASIL: Vai pegar a estrada no Carnaval? Faça a revisão do veículo



Carnaval 2016

Os preparativos antes de pegar a estrada para curtir os dias de Carnaval não podem deixar de lado a revisão do veículo que será utilizado. Segundo um levantamento da SulAmérica Auto, nos últimos três anos houve aumento de 12% nos acionamentos de assistência 24 horas durante esse período do ano. Os picos de ocorrências ocorrem nos dias em que os segurados normalmente estão indo ou voltando da viagem, ou seja, na sexta-feira que antecede o feriado e na quarta-feira de cinzas – em 2015, houve alta de 20% em comparação aos demais dias do mês.

No ano passado, o principal motivo da solicitação de serviços foi pane mecânica, somando 69% dos acionamentos. Dentre as causas mais frequentes desse tipo de pane, prevaleceram a bateria descarregada e o superaquecimento.

Para garantir uma viagem mais segura e sem contratempos, a companhia recomenda a manutenção preventiva no veículo, considerando alguns pontos de atenção por parte dos motoristas:

Carnaval
✓ Faça uma verificação cuidadosa do estado do veículo. Duas checagens básicas que podem salvar o feriado: nível de óleo do motor e do freio e nível de água do radiador e da bateria;

✓ Pneus gastos e carecas são grandes causadores de acidentes. Por isso, antes de pegar estrada, verifique o estado de conservação de todos eles – inclusive o estepe – e faça a calibragem adequada;

✓ Realize sempre a checagem do nível do fluido no compartimento do motor;

✓ As pastilhas de freios são peças essenciais e precisam estar em dia, sobretudo se o trajeto da viagem incluir serras e estradas com curvas. A cada 5.000 Km deve ser feita uma checagem da condição das pastilhas de freio;

✓ Dirigir sob condições adversas, como chuva e neblina, também requer atenção redobrada, sendo imprescindível manter-se em velocidade reduzida, a uma distância segura dos automóveis à frente e com os faróis baixos acesos. Em caso de chuva, evite freadas bruscas.

Em caso de imprevistos, a SulAmérica disponibiliza uma série de serviços de assistência 24h, como reboque com quilometragem ilimitada, mecânico para reparo emergencial no local, troca de pneus e transporte para os clientes que não puderem retornar para casa com o veículo. Durante a alta temporada, quando o fluxo de carros nas estradas e a concentração de pessoas nas praias brasileiras aumentam, a empresa reforça a rede de assistência em regiões litorâneas de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, oferecendo atendimento ainda mais ágil e eficaz nesses locais, por meio de um contingente extra de prestadores que realizam os serviços de socorro mecânico, reboque e chaveiro.

Boa Viagem!

Revista Apólice