A apólice para cobertura dos prejuízos à Samarco decorrentes do rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração na cidade de Mariana (MG), na semana passada, supera em muito a cifra de 1 bilhão de reais, disse nesta segunda-feira uma fonte a par do assunto.
"É muito maior que 1 bilhão de reais a apólice de properties", disse uma fonte com conhecimento do assunto e que pediu para não ser identificada, porque os contratos não são públicos.
A apólice de properties cobre prejuízos de danos materiais causados pelo acidente à companhia, uma joint venture entre a Vale e a australiana BHP. A fonte não soube dizer se o contrato inclui eventuais perdas de receitas devido à paralisação da unidade.
A Samarco tem capacidade de produzir 30 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro ao ano, o que corresponde a cerca de 2 por cento do mercado global, destacaram analistas.
Nesta tarde, O governo de Minas Gerais embargou todas atividades da mineradora Samarco na região do acidente, que deixou 25 desaparecidos e 601 desabrigados até o momento.
Ainda segundo a fonte, o valor desta apólice é bem maior do que a feita para cobrir custos de responsabilidade civil.
A corretora Willis confirmou à Reuters que intermediou ambos os contratos, mas não detalhou informações, alegando que os contratos são sigilosos.
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, a apólice de properties tem como líder a norte-americana ACE. A unidade no Brasil da seguradora canadense Fairfax confirmou que tem uma participação pequena nesta apólice, sem mencionar o percentual.
A ACE é a seguradora que comprou a carteira de grandes riscos do Itaú Unibanco por 1,515 bilhão de reais, operação anunciada em 2014.
Consultada, a ACE afirmou que "não faz comentários sobre catástrofes individuais ou perdas específicas".
Já o seguro de responsabilidade civil é de responsabilidade principal da Allianz, segundo a mesma fonte.
A Allianz disse que não comentaria o assunto.
A Samarco não respondeu a um pedido de comentário até a publicação desta reportagem.
Fonte: Reuters.
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